quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

PORTO VINTAGE


A convite do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto e do Solar do Vinho do Porto de Curitiba, participei de uma degustação de 27 rótulos de Porto Vintage 2007, evento inesquecível, com vinhos extraordinários, difícil definir qual o melhor. Entre os que mais gostei, estavam o Quinta do Noval, Duorum, Quinta da Romaneira, Rozés, Quinta do Vesúvio, Graham's, Warre's, Taylor's e Burmester.

O Porto Vintage é produzido apenas em anos excepcionais. Mas a chamada "declaração generalisada", quando a maioria das casas se candidata a lançar rótulos dessa categoria, é um acontecimento raro, que se repete no máximo duas vezes em cada década, pois depende de que as boas condições climáticas ocorram de forma homogênea na extensa região do chamado Douro vinhateiro. Quem determina se um Porto pode ser Vintage é o IVDP (Instituto dos vinhos do Douro e do Porto), um órgão oficial. Ele promove o controle de qualidade, regulamentando a produção dos vinhos.

Somente uvas de um único ano entram na produção de um Porto Vintage. É engarrafado dois a três anos após a vindima e amadurece na garrafa, podendo evoluir por muitos anos, de 10 a 50 em média. Nos primeiros cinco anos, apresenta uma cor rubi intensa, aromas de frutas vermelhas, com taninos fortes. Combina bem com chocolate. Com 10 anos, começa a aparecer um pouco de depósito, a cor fica menos intensa, com aromas e sabor de frutas maduras. Envelhecendo mais tempo, adquire tonalidades âmbar, sutileza e complexidade.

O ano de 2007 foi excepcional. O clima mais ameno em toda a região do Douro possibilitou um amadurecimento lento das frutas, favorecendo a elaboração de vinhos complexos, de muita estrutura e concentração, porém elegantes e refinados, com taninos que desde já se mostram macios e sedosos.

Leia muito mais sobre estas jóias portugueses na coluna Um Ano Inesquecível de Luiz Carlos Zanoni.

O evento aconteceu no restaurante Terra Madre e após a degustação foi-nos oferecido um ótimo jantar preparado pelo chef Ivan Lopes.

Entrada fria: Ostras frescas. Como sempre, deliciosas. Foi acompanhada pelo espumante Cava Geisse Brut. Produzido pelo Cave Amadeu, é elaborado com uvas Chardonnay e Pinot Noir, pelo método tradicional. Um espumante muito bom, seco, refrescante, com fina perlage. Custa em média R$ 50,00.

Entrada quente: Raviole de brie com lichia.

O primeiro prato foi um peixe asiático, criado aqui em cativeiro. Chama-se Pangasio. Tem carne branca, um sabor bem interessante, com textura firme, mas algo gelatinoso. As lascas escorregam. Foi servido com purê de mandioquinha e alho-poró crocante.

A seguir foi servido uma paleta de cordeiro com cappeline na manteiga e sálvia.

Os vinhos servidos no jantar foram dois tintos também da região do Douro: Quinta do Crasto 2006 e VT' 04. São vinhos muito bons, intensos, bem alcoólicos que acompanham melhor pratos mais pesados do que os servidos neste jantar.

O Semi-freddo de chocolate com praliné de amêndoas e laranjinha Kirkan estava delicioso, e combinou muito bem com o Porto Duorum 2007.

Serviço:
Terra Madre Ristorante:
Rua Desembargador Otávio do Amaral, 515, Bigorrilho - Curitiba
Tel: 41 3335-6070

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