terça-feira, 27 de julho de 2010

ROLHAS DE CORTIÇA


Portugal é o maior produtor mundial de rolhas. De lá, saem 75% de todas as rolhas do mundo. Elas provêm da casca do Sobreiro, árvore existente no Alentejo e no sul da Espanha, e que vive cerca de 150 a 200 anos. A casca é retirada manualmente a cada nove anos, sendo que na primeira retirada, o sobreiro já tem 25 anos de idade, mas ainda é muito jovem e a camada de cortiça fina e pouco aproveitável. À medida que a árvore envelhece, a casca fica mais grossa e consequentemente a cortiça melhor. A rolha de cortiça é utilizada desde o século XVIII. É maleável, duradoura e possui micro-poros que permitem uma micro-oxigenação do vinho e sua evolução.

As rolhas de cortiça, além de caras, podem transmitir eventualmente ao vinho um gosto desagradável de mofo. Isto acontece em 5% das garrafas, independente da qualidade do vinho e do capricho da adega. É quando se diz que o vinho está "bouchonné". Tem aquele aroma de pano torcido esquecido em baixo do tanque. Um vinho com este cheiro só piora com o passar dos minutos ou horas repousando no copo. O gosto também fica muito prejudicado. Imbebível. Este cheiro provém de uma reação química entre um fungicida aplicado nas rolhas e os fungos nelas existentes. Desta reação surge o que se chama tricloanisole, mais conhecido por TCA, o vilão do vinho, e pavor de todos os enólogos e proprietários de vinícolas. Garrafas, às vezes caríssimas, são recusadas ou descartadas, indo o precioso vinho para o ralo.


Veja esta reportagem do R7, TV Record

2 comentários:

ITATIANA ALVES disse...

Parabéns! Seu blog é show!
Amei tudo que vi e li!!
DEus te abenmçoe!
Bjs!
PS. Vem me fazer uma visita e comente o que achou do meu Blog:
http://receitasdatatialves.blogspot.com/

Zé Rodrigo disse...

Super interessante! Eu não tinha a menor idéia do trabalho que dá para se fazer uma rolha.
:-))