quarta-feira, 31 de março de 2010

ROMA E SEUS RESTAURANTES

Coliseu romano

Roma lembra vaticano, história, filmes, Marcelo Mastroiani e muito mais. Hordas de turistas de todas as nacionalidades, línguas e idades estão em busca de tudo isto. Onde há turistas, encontramos lojinhas de lembranças, livros, toda sorte de bugigangas e todo o tipo de comida. Achar um restaurante bom não é tarefa fácil. Normalmente come-se mal e paga-se caro.

Tivemos muita sorte, pois um amigo que já morou em Roma, nos indicou vários restaurantes. Isto fez toda a diferença. Vou falar um pouco de cada lugar.

Da Mario
Na primeira noite estivemos no Da Mario. Um restaurante de tradição toscana fundado em 1960, fica perto da Praça de Spagna. Seu antipasto é famoso, bem sortido, quase um jantar.

Antepasto
Tem uma alcachofra super macia, berinjela, abobrinha, pasta de pimentão, mussarela de búfala, prosciutto di Parma, salame, fagioli e muito mais. Mario é especialista em fagioli, que são feijões preparados em uma garrafa – fagioli al fiasco.

Fagioli
Os feijões são introduzidos na garrafa e cobertos com água até ¾ dela. Leva como tempero alho, sal, e sálvia. O frasco cozinha lentamente em fogo brando por algumas horas. Serve-se com pimenta e azeite de oliva. Fica super macio e saboroso. Vale à pena experimentá-lo no antipasto ou como acompanhamento (contorni). Após o antepasto pedimos rasagnola al cinghiale, um javali e como sobremesa tiramissu.

Tiramissu
Estivemos também na Taverna Guilia, Osteria dell’Arca, Checco er Carretiere e Pietro. Sobre estes falarei em outra postagem.

Serviço:

Da Mario

Via della Vite, 55

Tel: 06 6783 818

http://www.ristorantemario.net/

domingo, 28 de março de 2010

UMA DESCULPA

Uma viagem de três semanas, um curso em São Paulo, reforma no meu consultório, e outras coisas que agora não sei dizer, me deixaram fora do teclado.

Sobre a viagem, já fiz algumas postagens e outras virão. O consultório está quase pronto, depois de atrasos e erros. Ainda vai levar alguns dias para que eu possa trabalhar. O curso é de Nutrologia. Será mensal e é bem cansativo, mas está valendo a pena.

sábado, 13 de março de 2010

MILÃO – ONDE JANTAR?

Boeucc

Chegamos a Milão num final de dia frio, com uma neve bem fina, que derretia já ao cair. O hotel nos indicou um restaurante tradicional, aqui perto e fomos até lá. O Boeucc Antico ristorante, um restaurante que segundo um cartaz na entrada, foi fundado em 1696 e era frequentado por Toscanini.

O lugar era bem chique, grande, com muitos garçons vestidos à maneira tradicional: smoking e gravata borboleta. Uma casa antiga com pé direito de mais de cinco metros, lustres de cristal, cortinas de tafetá rosa e talheres de prata. Diante da dificuldade momentânea de “onde jantar”, resolvemos ficar ali mesmo. Muitos italianos nas outras mesas. Perto de nós, cerca de umas 10 senhoras com mais de 70 anos, jantavam alegremente. Tudo teria sido muito bom se a comida fosse excelente, o que não se confirmou. Serviço impecável, ambiente chique, mas faltou em muito no quesito comida. Os pães um pouco secos, os pratos medianos. Não estava ruim, mas também não surpreendeu. O ambiente falou bem mais alto. Parecia comida de restaurante de hotel. Este, eu não indico.

Pães, minestrone, carpaccio de atum, risoto alla milaneza com ossobuco, frutas do bosque com creme e docinhos

No dia seguinte jantamos no Convivum ristorante & pizza. Um local muito agradável, com comida boa. Não era surpreendente, mas bem melhor que o anterior. A pizza feita em forno de lenha estava com uma aparência tão boa que voltamos em outro dia para experimentá-la. Realmente deliciosa.

Massinha de pizza, melão com parma, escolope de vitela com arpargos, tagliatelle a bolognesa, pães, torta com amêndoas

O melhor de todos foi o mais barato. Trattoria Toscana “Torre de Pisa”, uma típica tratoria italiana. Fica numa rua de pedestres e estava repleto de fregueses locais. Pedi um Tortteloni de magro com manteiga de sálvia. Era uma massa caseira recheada com ricota e espinafre. Levíssimo e muito saboroso.


Antepastos, mignon com legumes, torteloni, torta de maçã com sorvete

Deliciosa foi uma salada caprese do Café do Teatro. A muzarella di buffala super macia e saborosa com os tomatinhos extremamente doces.


Alguns dos vinhos que acompanharam os pratos

Serviço:

Boeucc Antico ristorante desde 1696
Piazza Pilgioioso,2 Milano – Tel: 02 76020224
www.boeucc.com

Convivum Ristorante
Via Ponte Vetero, 21
Tel: 02 86463708
www.conviviumristorante.it

Trattoria Toscana “Torre de Pisa”
Via Fiori Chiari, 21/5
Tel: 02 874877

domingo, 7 de março de 2010

MESAS DE PARIS

Le Baratin

Já faz alguns dias que estamos em Paris. Tempo ensolarado, mas bastante frio. Hoje estava cerca de 1° com sensação térmica de – 5°. O vento era tão forte e gélido, que optamos pelo metrô, mesmo sendo um trajeto curto. A cidade está mais tranqüila, sem aquelas orlas de turistas de todas as nacionalidades, mas as exposições com bastante gente. Os programas ‘indoor’ são os mais agradáveis. Não dá para fazer grandes caminhadas.

Procuramos restaurantes novos. No dia 4, estivemos em um três estrelas do Guide Michelin, o Pierre Gagnaire. Fantástico. Mostrarei em outra postagem.

Dia 5 jantamos no Il Vino d’ Enrico Bernardo, com uma estrela. Neste restaurante escolhe-se o vinho. O prato quem decide é o sommelier. Não sabíamos o que íamos comer, mas foi muito bom.

Como entrada nos trouxeram ravioli recheado com um purê de batatas e alcachofra e lulas super macias. Tudo muito saboroso e sutil.

O prato principal foi um côte de veau (vitela) que veio inteiro e foi fatiado na nossa frente. Tinha como acompanhamento tiras de alho poró com parmesão e um crotin de polenta.

Parfait de café e chocolate, acompanhado de sorvete de chocolate. Tudo muito leve.

Ontem jantamos no Le Baratin, um bistrot no vigésimo arrondissement, bem fora dos destinos turísticos, indicação do francês Jacques Trefois, conhecedor de vinhos e gastronomia. É um local pequeno, não tem mesa boa, mas bem autêntico, com comida ótima preparada pela proprietária, Mme Raquel. Ela e o marido possuem este bistrot há 22 anos. O cardápio está escrito a giz na lousa e os vinhos podem ser servidos em copo, pot (500ml) ou em garrafa. No Guide Michelin figura como Bib Gourmand, a classificação dos restaurantes com bom custo-benefício. À proporção que o número de estrelas diminui, os preços caem e o tamanho das porções aumenta.

Carpaccio de mulet au vinaigre fumé: uma das entradas no Le Baratin

Este foi o prato pedido no Le Baratin: agneau de lait de Pyrenée roti, grenailles e blettes. Um cordeiro assado, muito tenro, saboroso, com batatinhas no cozimento preciso e esta verdura que me pareceu couve.

Crumble pommes na sobremesa

Alguns vinhos tomados nestes e em outros restaurantes
Serviço:

Todos estes restaurante precisam de reserva

Il Vino d'Enrico Bernardo
13, Bd La Tour-Maubourg - VII arr
Tel: 01 44 11 72 00

Le Baratin
3, r. Jouye-rouve - XX arr
Tel: 01 43 49 39 20

Pierre Gagnaire
6, r. Balzac - VIII arr
Tel: 01 58 36 12 50


sexta-feira, 5 de março de 2010

ALIGOT

O La Petite Périgourdine é famoso por seu Aligot, acompanhamento do côte de bouef, que é feito com batata, queijo e creme fresco.

A receita está no cartão do restaurante que aqui transcrevo:
  • 500 g de purê de batatas
  • 250g de queijo tipo suiço (a receita indica "tomme fraîche")
  • 200 mL de creme fresco líquido
  • 15 g de alho bem picadinho
  • sal e pimenta a gosto
Bater toda a mistura a uma temperatura de 80° para que fique com o queijo derretido em fio.

Quem experimentar, favor contar o resultado.
Bom Apetite!

quinta-feira, 4 de março de 2010

DIRETO DE PARIS


Chegar a Paris é sempre bom. Cada época do ano, uma paisagem diferente. Agora, ainda final do inverno, estamos com uma temperatura baixa, máxima de 7 °C, mas com sol. O interessante é que já há um ar de primavera no entardecer. Hoje, eram 18:30 hs e ainda havia um pouco de sol.
Além de passear, ver exposições, comer bem faz parte da programação. Ontem descobrimos um pequeno bistrot e bar à vin na rue des Ecoles - LA PETITE PÉRIGOURDINE. Almoçamos um magret de canard que estava delicioso. Servido em uma pequena caçarola de cobre, vinha sobre legumes cozidos juntamente com um caldo bem saboroso. Acalentou bem o estômago depois de uma noite sem dormir no avião.


Para acompanhar o prato, o garçon nos propôs este vinho de Cahors, um Malbec completamente diferente dos argentinos. Tem personalidade própria, mais austero, corpo médio, aromas de frutas do bosque. Bem agradável.



Vista parcial do interior do restaurante.