sábado, 30 de agosto de 2008

TIRAMISSU DE MORANGOS E MANJERICÃO








A pedido da mãe de uma paciente minha, publico esta receita. Fiz este tiramissu em duas reuniões da confraria e para a revista Top View Curitiba. Numa das confrarias, ela foi modificada pela falta do marcarpone, usamos somente o creme de leite e também deu certo.







Esta foi feita somente com creme de leite


Receita:

10 porções
Ingredientes:
- 1 pacote de bolacha champanhe
- 500g morangos
- 350 g de mascarpone
- 250 ml creme fresco líquido
- 150g açúcar
- 6 gemas

Para a calda de manjericão:
- 1 maço de manjericão fresco
- 100 ml conhaque
- 200 ml de água
- 200 g açúcar

Preparo:
- Lavar os morangos, picar e separar os mais bonitos para decoração
Creme:
- Numa tigela de inox, sobre água fervendo (banho-maria), bater as gemas com a metade do açúcar até engrossar
- Bater o creme de leite com o restante do açúcar
- Bater ligeiramente o mascarpone, acrescentar as gemas e o creme de leite batido, manter gelado
Calda de manjericão:
- Ferver a água com açúcar, acrescentar o conhaque. Deixar amornar.
- Bater no processador ou liquidificador esta calda com as folhas de manjericão.

Montagem:

- Embeber as bolachas na calda
- Dispô-las no fundo de uma taça
- Acrescentar em camadas, morangos picados, creme e finalizar com morango inteiro
- Servir gelado

Obs: Para tornar esta receita mais fácil, suprima o creme com gemas e mascarpone, e utilize somente creme chantilly (creme de leite batido com açúcar.

Bom apetite!!!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

H2OH! NÃO É ÁGUA!!!!



Água, cuja fórmula é H2O, tem características próprias: é incolor, inodora e insípida. O mesmo não ocorre com a nova bebida que invadiu o mercado de grandes cidades há quase dois anos. Um sucesso de vendas. Embora seja um refrigerante, o nome sugere água, sendo a propaganda enganosa. Os supermercados ainda reforçam esta idéia, pois estas bebidas encontram-se nas gôndolas ao lado das garrafas das verdadeiras águas minerais. No rastro da H2OH!, vieram outras semelhantes.

Chama a atenção dos consumidores o nome, e o fato de ser de baixa caloria. No site, em letras minúsculas está escrito: Refrigerante de baixa caloria. Para isto, são adoçados com edulcorantes artificiais (adoçantes) à base de aspartame, acissulfame ou ciclamatos. Muitas pessoas, inclusive as crianças, estão tomando indiscriminadamente. Os adoçantes artificiais não são indicados para a faixa pediátrica, pois não se sabe os tipos de malefícios a longo prazo. Além disto, eles possuem uma dose máxima permitida de acordo com o peso corporal. A somatória da quantidade de adoçantes contidos em vários produtos consumidos ao longo do dia irá ultrapassar em muito os limites preconizados. Quanto menor a criança, menores são as doses permitidas . Por isso, geralmente os produtos com adoçantes artificiais são contra-indicados para crianças. Para tornar mais atrativo, quem sabe competir com o suco, algumas marcas são acrescidas de vitaminas. Isto para não falar dos flavorizantes, estabilizantes, corantes, aromatizantes, etc, etc...

Vale muito mais a pena matar a sede com um bom copo da verdadeira H2O, água pura e cristalina. Se estamos pensando no consumo de vitaminas, que tal um suco natural de frutas?

sábado, 23 de agosto de 2008

TANNAT NO BARREADO



Por Luiz Carlos Zanoni autor da coluna semanal - Carta de Vinhos - no jornal O Estado do Paraná e colaborador da Revista Gula


Templo do mais tradicional prato da culinária paranaense, o Restaurante Buganville, em Antonina, nem leva a carta de vinhos ao cliente, tão raros os pedidos. Pelas mesas, cerveja, cachaça da terra e até Coca-Cola dominam as preferências para acompanhar o famoso barreado da casa. E não longe dali, no Armazém Romanus da vizinha Morretes, também especialista na matéria, o cenário se repete. Mas – cruzes! – sofre mesmo o barreado de tamanha alergia ao vinho? É improvável.

Das bebidas, o vinho é a que melhor combina com alimentos, ele alimento também. Verdade que existem casamentos mais felizes, ou menos. Nas regiões vinícolas, a regra número um é pedir os do próprio lugar. Sempre dá certo, e não por acaso. Como o vinho se destina principalmente à mesa, acaba ocorrendo, ao longo do tempo, um lento processo de ajuste, a seleção das variedades de uvas, comidas e formas de preparo convergindo para uma harmonização de aromas e sabores. Boeuf bourguignone com Pinot Noir, leitãozinho da Bairrada com tintos da Baga, pasta ao sugo com Dolcetto: tudo tem seu porquê.

Pena que – como fazer vinho a sério esteja fora das possibilidades – essas parcerias entre nós não aconteçam ao natural. Mas pratos assemelhados ao barreado são amigos do vinho em muitos lugares. Eles têm em comum o sabor forte, generoso, com aromas carregados que exaltam a mescla de temperos.

As receitas de barreado variam, mas a base é uma só. Dona Anne, do Buganville, segue a fórmula tradicional: carne de músculo, louro, cominho, cebola, alho, fartas porções de bacon defumado e um longo cozimento em panelões de barro lacrados com pirão de farinha de mandioca. Já no Romanus a versão é light. Usam acém ou patinho, carnes magras, e são comedidos no bacon.

Um grupo de apreciadores de vinhos e da iguaria paranaense decidiu, recentemente, testar combinações. No barreado, optou pela mão leve nas calorias, sem comprometer, contudo, o caráter suculento e untuoso do prato. Nos copos, três tintos. O português Quinta do Cotto 2000, o argentino Pulenta Malbec 2001 e o francês Château Bouscassé 1995, da região do Madiran. A preferência foi claramente pelo francês (R$ 90,00), produzido à base da uva Tannat, matriz de vinhos de altíssima concentração e estrutura.

Nenhuma surpresa. A riqueza aromática e a textura macia e algo rústica do barreado, pedem um vinho consistente e tânico, o que é uma boa notícia. Embora originária do Sul da França, a Tannat tem seu reinado logo ali, na fronteira com o Uruguai, onde proporciona vinhos espessos, volumosos e densos, que nos chegam a preços muito razoáveis, entre 30 e 60 reais. Filgueira, Pisano, Juanico e Castel Pujol são alguns produtores que vale conferir. E faça mais: convoque-os aos santuários do barreado, em Antonina e Morretes. Tanto o Buganville quanto o Armazém Romanus aceitam o vinho do cliente.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

RECEITA DA VOVÓ LAURA



Foto feita no dia do aniversário de 100 anos por Marina RO Hermeto - a letra da legenda era dela.


Não se trata de receita de comida, mas de longevidade. Minha avó, Laura Oliveira Rodrigo Octavio (1894-1995), viveu 101 anos, com muita saúde e lucidez. Até seus últimos minutos estava lúcida, sabendo de tudo e de todos, andando, comendo, subindo escadas normalmente. Lia seu jornal diariamente, lia muitos livros, escrevia, arrumava vasos de flores como ninguém, fazia trabalhos manuais, onde era muito criativa e ainda tocava piano. Aos 80 anos e posteriormente aos 100, publicou um livro de memórias.

Vovó era metódica e parcimoniosa na sua alimentação. Comia de tudo, mas em pouca quantidade. JAMAIS REPETIA UM PRATO. Nunca foi gorda, nem magra. Sempre bem disposta e nunca a vi doente. Resolvi escrever sobre ela, depois de ter recebido email do meu irmão Rodrigo e minha prima Marina comentando minha coluna de Mudanças de Hábitos em que falo sobre “não repetir o prato de comida”. Ambos me relembraram que ela jamais repetia. Tinha uma rotina alimentar com horários e, no meio da manhã, sempre tomava uma laranjada. Quase sempre almoçava e jantava em casa. A comida era variada, mas o trivial: salada, carne, legumes, arroz, feijão, farofa. Geralmente fruta na sobremesa. Doces em alguns dias, pedaços pequenos. Uma vez na semana tinha peixe, geralmente às sextas. Não beliscava. À tarde tomava um cafezinho com biscoitos. No jantar, uma sopa de legumes antes do prato principal que não continha feijão. Lanche à noite, somente aos domingos e talvez no sábado.

Tinha sempre prazer em receber toda a familia para um almoço aos domingos. Um dos pratos era sempre carne assada feita com lagarto redondo, ou posta branca como dizem aqui em Curitiba. Sempre tinha também um pão-de-ló delicioso. Nestes almoços vovó bebia vinho ou cerveja. Refrigerante, jamais. Comida congelada, comida pronta, fast-food, gordura trans, não faziam parte do cardápio.

Nunca comeu vendo TV, pois nem TV via. A televisão da sua casa ficava no hall de entrada, era preta e branca com aquela antena interna em que era preciso usar um Bombril para que alguma imagem fosse vista. Em frente somente uma cadeira dura, nada de sofás confortáveis. Vovó tinha o hábito de se sentar em cadeira dura. Tinha sempre a postura ereta.

Além da alimentação saudável, vovó tinha outro hábito: subir escadas. Sempre foi ativa, com peso adequado e nunca freqüentou academias. Durante quase 70 anos, morou em uma casa de 2 andares em Botafogo cujo pé direito é de 5 metros. Uma escada de 26 degraus a levava várias vezes ao dia para o segundo andar. Com 101 anos ainda subia e descia aquela escada 2 vezes ao dia. Também nunca fumou.

A genética deve ter ajudado na longevidade, mas os bons hábitos praticados durante toda a vida com certeza foram fundamentais para viver sempre com qualidade.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

BARREADO


(Imagem de divulgação do restaurante Tordesilhas)


Prato típico paranaense, feito a base de carne muito cozida, temperada basicamente com, cebola, cominho e bacon. Algumas receitas levam tomate, vinagre e até outros ingredientes como salsão (aipo), alho poró, manjerona, orégano. É servido com farinha de mandioca e banana da terra. A panela deve ser de barro e lacrada, ou “barreada” com uma mistura de farinha de mandioca e água. Originalmente era barreada com cinzas e barro. Daí o nome “barreado”. Isto faz com que o vapor formado dentro da panela não escape e mantenha a carne úmida, já que nas receitas originais a água não era acrescentada. O cozimento deve ser muito lento, de 12 a 24 horas, num fogão à lenha ou sobre uma chapa aplicada sobre a chama do fogão a gás. Antigamente a panela era enterrada e o fogo feito no chão sobre a panela, segundo alguns. Outros dizem que o fogo era feito no fundo de um buraco sobre o qual era colocada a panela.

Este prato surgiu há 200 ou 300 anos no litoral paranaense. Dizem que era preparado na época no entrudo (antecessor do carnaval). Os pescadores queriam dançar sem parar. Preparavam o barreado e dele se serviam para recuperar as forças, e continuar a dança. Uma das características do prato,é que mesmo requentado, não perde o sabor.

O cozimento lento, deixa a carne totalmente desfiada. Sabem que está pronto, quando os aromas se desprendem da panela, após 14 ou mais horas de cozimento. Hoje já existe barreado feito em panela de pressão, barreado congelado, mas nada se compara ao autêntico barreado. Originalmente, antes da panela ser barreada, era abafado com folhas de bananeira. Algumas receitas utilizam estas folhas sobre o conteúdo da panela, para manter mais vapor e acrescentar sabor.

Só a partir da década de 70, que este prato começou a ser difundido. É servido em vários restaurante nas cidades litorâneas paranaenses como Morretes e Antonina. Em Curitiba, é servido em alguns restaurantes típicos como o Estrela da Terra ou Armazém Santo Antônio.

Estive em São Paulo e comi barreado no restaurante Tordesilhas especializado em comida típica brasileira. O Tordesilhas é comandado pela chef Mara Salles e já recebeu vários prêmios das revistas Gula e Veja como melhor restaurante de comida regional. Prêmios merecidos, pois o seu barreado estava autêntico e excelente.

No serviço do barreado, coloca-se farinha de mandioca no fundo do prato, mistura-se a carne e o caldo bem quentes de modo que se transforme num pirão e acrescenta-se em seguida mais caldo. É servido com banana. É um prato muito calórico, de 500 a 1000 Kcal por porção. Rico em proteínas, gorduras e carbo-hidratos.

Muitos comem barreado com cachaça, mas vinhos feitos com uva Tannat, escoltam bem este prato. Neste dia, no restaurante Tordesilhas, acompanhamos o barreado com vinho Miolo Fortaleza de Seival Tannat. Em breve virá uma coluna de vinhos para barreado.

Osmar Belém, de Antonina, dá a receita a seguir, e diz que esta é a original. Nada de tomates e outros temperos como aparecem em muitas receitas:

Ingredientes:
• 5 kg de carne (pode ser patinho, peito, coxão mole e outros cortes, mas Osmar prefere lagarto. "Posta branca", como se diz na cidade)
• 500 gramas de toucinho fresco
• 2 cebolas grandes
• 1 maço de folhas de louro
• 1 maço de manjerona e capim-limão
• 1 colher (sopa) de pimenta-do-reino
• 1 pitada de coentro (torrado)
• 1 pitada de cominho (de preferência, moer as sementes na hora)
• Sal a gosto
• 200 gramas de farinha de trigo
• 1 kg de farinha de mandioca fina (há quem prefira usar como lacre duas ou três folhas pequenas de bananeira verde, previamente sapecadas no fogo: basta amarrá-las com barbante em volta da panela, na junção com a tampa) e, naturalmente, 1 panela de barro bojuda, com tampa
Acompanhamentos:
• Pimenta vermelha
• Farinha de mandioca crua
• Arroz comum
• Banana picada em rodelas
Preparo:
Corte a carne em cubinhos de 3 centímetros e o toucinho em pedaços ainda menores (quadradinhos de 2 centímetros, por exemplo) e reserve. Em tigela à parte, disponha os temperos e os maços de folhas de louro, manjerona e capim-limão bem amarrados (há quem inclua cinco tomates sem pele, três dentes de alho, cheiro-verde e um pouco de vinagre — depende do gosto de cada um). Em outra tigela, coloque 200 gramas de farinha de trigo e 500 de farinha de mandioca, para o lacre. Forre o fundo da panela com os cubinhos de toucinho, deposite os pedacinhos de carne em cima e espalhe os temperos uniformemente sobre a carne. Encha a panela com 3/4 de água, de modo a cobrir totalmente os ingredientes. Misture as farinhas (trigo e mandioca) com água quente até obter massa firme, mas maleável. Vede a panela e leve-a ao fogo. Deve cozinhar por mais de 12 horas. Quando os aromas desprenderem da panela, é porque o barreado está pronto.


Serviço:

Tordesilhas
: Rua Bela Cintra, 465 – São Paulo. Tel: 11 3107-7444. www.tordesilhas.com. Serve o barreado no almoço de domingo.
Estrela da Terra: Rua Jaime Reis, 176 – Curitiba. Tel: 41 3222- 5007. www.estreladaterra.com.br . Serve o barreado no almoço de domingo
Armazém Santo Antônio Rua Solimões, 344 – Curitba. Tel: 3338-8502. www.armazemsantoantonio.com.br. Serve o barreado no almoço de sábado.
Restaurante Casarão:Largo Dr. José Pereira, 25 – Morretes – PR .Te.: 41 3462-1314
Restaurante Madalozo: Rua Almirante Frederico de Oliveira, 16 – Morretes – PR. Tel: 041 3462-14-10 3462-1648. www.madalozo.com.br

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

MUDANÇA DE HÁBITOS – 4




A cada dia, as porções dos alimentos são maiores, mais engordativas e conseqüentemente, prejudiciais à saúde. Na minha época de criança, a maior garrafa de Coca-cola tinha 750 mL, era chamada de Coca família. Hoje ela tem 2,5 L. Isto é só um exemplo. Pizzas, pipocas, hambúrgueres, lanches em geral, refrigerantes em copo, tudo aumentou de tamanho. As pessoas estão se acostumando a porções inadequadas, excessivamente calóricas. Como resultado, houve um aumento impressionante nos índices de obesidade e sobrepeso e suas conseqüências: hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias, doenças cardio-vasculares. Hoje temos pacientes jovens com estas doenças que eram ditas de adulto.

Diminuir o tamanho das porções.
• Fazer um prato razoável, e não repetir.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

CONFRARIA DE 9 DE AGOSTO




Neste último sábado, dia 9 de agosto, apesar da chuva, tivemos um ótimo almoço da nossa confraria. A chuva e o friozinho abriram o apetite. O grupo era pequeno, éramos oito, e tudo saiu perfeito. O responsável por esta “confra” foi o João, e ajudamos na execução.

Como aperitivos, começamos com um vinho branco francês, Viognier – Jean Luc Colombo, 2006 (Importadora Decanter,R$57,00). Tínhamos uma terrine de funghi (do Bon Vivant, no mercado municipal), queijo de cabra e um azeite de trufas oferecido pela Telma.





Entrada: Filé de garoupa confitada em azeite aromatizado com amêndoas, cebola caramelizada e farinha de shimeji. O vinho foi um argentino, Crios da Suzana Balbao, uva torrontes, de 2007(Importadora Cantu, R$32,00). Eu gostei mais do primeiro vinho, que também harmonizou com o peixe.


Prato principal: pasta cozida como risoto, com tinta de lula e lulas picadas. Foi acompanhado por um tinto leve, espanhol, Gran Feudo crianza 2004, do Chivite. Um corte de uvas tempranillo, garnacha e cabernet sauvignon (Importadora Mistral, R$45,00).














Sobremesa: Pêra cozida em calda de vinho branco aromatizada com açafrão e sorvete de azeite de oliva. Escoltada pelo vinho de sobremesa argentino Catena 2006 – Semillon doux (Mistral,R$70,00).

Finalizamos com um excelente Porto Fonseca, Quinta do Panascal, do ano 2000.

Mais fotos deste almoço e algumas explicações sobre a preparação dos pratos encontra-se no link:
Flickr: galeria de fotos de anateresa.londres

Receita da sobremesa, PERAS COM AÇAFRÃO é de fácil execução:

10 porções:
Ingredientes:
-5 peras não muito maduras descascadas e sem as sementes.
-1 garrafa (750mL) de vinho branco seco.
-100 g de açúcar.
-pistilos de açafrão (cerca de 30).
Preparo:
Ferver o vinho com o açúcar, acrescentar os pistilos e as peras. Deixar cozinhar até que fiquem macias.
Retirar as peras e reduzir a calda.
Servir com sorvete.

Sorvete de azeite de oliva

Preparar um creme anglaise sem a baunilha.
Levar para a sorveteira e na metade do procedimento, acrescentar azeite de oliva extra-virgem de excelente qualidade. Aqui foi usada o azeite português Carm .
Para 500 mL de creme anglaise, acrescentar 100 mL de azeite de oliva.

Creme anglaise para este sorvete:
INGREDIENTES:
- 500 ml leite integral
- 6 gemas
- 100 g açúcar
PREPARO:
- ferver o leite
- bater gemas com açúcar como uma gemada
- aos pouco ir derramando o leite na gemada, misturando, com cuidado para não talhar as gemas
- levar ao fogo brando, mexendo sempre com espátula por cerca de 15 minutos até que engrosse um pouco. Cuidado para não levantar fervura, senão talha. Não deve ultrapassar 85°; Se talhar, bater no liquidificador e coar.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

MUDANÇA DE HÁBITOS – 3



Assim está caminhando a humanidade.....


Pensa-se em Mudanças de hábito na segunda feira. Por isto estou publicando hoje, e não mais na sexta-feira, nem no final de semana.

As refeições devem ser lentas, sem pressa. Assim comemos menos quantidade e a digestão se precessa com maior eficácia. A chegada dos alimentos no estômago provoca liberação de algumas substâncias, as quais, irão sinalizar ao cérebro de que estamos satisfeitos. Este tempo é de cerca de 15 a 20 minutos. Para que tenhamos saciedade com o estômago não muito cheio devemos:
Comer devagar, deixando de lado os talheres enquanto mastigamos.
Mastigar lentamente.
Desligar a TV no momento das refeições. Sem a TV, presta-se mais atenção aos alimentos, e a pessoa come mais devagar.

Outras dicas na próxima semana.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

CONFRARIA CURITIBANA DE GASTRONOMIA








Somos um grupo de amigos que gosta de cozinhar e comer bem. Mensalmente nos reunimos, na casa de algum confrade, e preparamos uma refeição completa, daquelas que duram muitas horas. O cardápio ou é escolhido numa reunião prévia, e quem propõe o prato se responsabiliza pela execução, ou é de responsabilidade de um só confrade que distribui as tarefas. Atualmente estamos com um chef por vez.

Na confraria do mês de julho, eu fui a responsável. Preparamos como entrada uma trouxinha de massa filo, recheada com queijo brie, peras ao vinagre balsâmico e amêndoas fatiadas. Tudo sobre um leito de salada. Um coelho foi o prato principal. Estava desossado, recheado com cebola e champignon já refogados, presunto de Parma e ameixa preta; molho de mostarda de Dijon e acompanhado par uma polenta cremosa. A sobremesa era uma maçã caramelada, com crumble de amêndoas e sorvete de canela.Veja a receita aqui. Geralmente preparamos tudo no dia, exceto desossar ou algum preparo mais demorado.
Veja receita da sobremesa no final.

A confraria iniciou suas reuniões em 2003, na casa do Celso Freire, com um grupo que acompanhava suas aulas de culinária. No inicio de 2004, os jantares foram transferidos para a casa do Lubomir. Posteriormente algumas reuniões passaram a acontecer na chácara da Telma em Campo Largo, na casa da Fernanda e Aldo, ou da Ireni ou na minha. O nosso grupo atualmente é de 11 pessoas: 6 cozinham e 5 apóiam.

Neste sábado está programado mais um almoço sob a responsabilidade do João. Ainda não sei o que será.

Receita:
TATIN DE POMME CRUMBLE GLACE CANNELLE
4 pessoas
Preparação: 20 minutos
Cozimento: 20 minutos
INGREDIENTES:
-4 maçãs golden
-Sorvete de canela
CRUMBLE
-180 g de açúcar
-150g de manteiga
-150 g de farinha de trigo
-110 g de farinha de amêndoa
-45g de açúcar de confeiteiro
CARAMELO
-200g de açúcar
-75g de manteiga
-150 ml de espumante demi-sec
PREPARO:
CARAMELO:
-Derreter a manteiga, acrescentar o açúcar em chuva. Quando atingir uma coloração de caramelo claro.
-Deglaçar com o espumante
CRUMBLE:
-No bol da batedeira, misturar a farinha, açúcar,farinha amêndoa e a manteiga. Bater com o batedor em forma de folha até que a massa fique quebradiça (ou misturar com as mãos).
-Despejar a massa, esfarelando em forma forrada com papel manteiga.
-Levar ao forno por 20 minutos. A massa deve estar cozida e ligeiramente com cor.
MAÇÃS:
-Descascar e cortar as maçãs em fatias não muito finas (cada maçã em 6 a 8 pedaços)
-Colocá-las em frigideira, regar com o caramelo.
-Cozinhar em fogo alto até que tomem cor.
MONTAGEM:
-Utilizar recipiente de boca mais larga
-No fundo fazer uma camada com as maçãs
-Acrescentar o crumble
-Por cima, uma bola de sorvete e regar com um pouco do caramelo das maçãs.

SORVETE DE CANELA

Preparar um creme anglaise com canela ao invés de baunilha e levar para a máquina de sorvetes.
CREME ANGLAISE:

INGREDIENTES:
- 500 ml leite integral
- 1 fava baunilha (substituir por canela em rama e em pó)
- 6 gemas
- 125 gr açucar
PREPARO:
- ferver o leite com canela;
- descartar a rama;
- bater gemas com açucar como uma gemada
- derramar o leite sobre a gemada, misturando bem.
- levar ao fogo brando, mexendo sempre com espátula por cerca de 15 minutos até que engrosse um pouco.
- Acrescentar canela em pó até o ponto desejado
-Cuidado para não levantar fervura, senão talha. Não deve ultrapassar 85*; se necessário, coar. Passar para um pirex, cobrindo a superfície com filme plástico, levar para gelar.
- Obs: se talhar, bater no liquidificador
- Bater na sorveteira.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O BOM REMÉDIO







Por Luiz Carlos Zanoni autor da coluna semanal - Carta de Vinhos - no jornal O Estado do Paraná e colaborador da Revista Gula


O vinho, pelo visto, logo será vendido nas farmácias, com prescrição médica. Acumulam-se as evidências de que, consumido de modo sistemático, e, certamente, em porções moderadas, ele contribui de forma significativa para manter sadias as coronárias, retardar o envelhecimento e prevenir algumas doenças típicas das idades mais avançadas, como Parkinson e Alzheimer. A comprovação, agora, é dada por cientistas da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. O professor Dana King, chefe da equipe, se disse surpreso com os resultados. A pesquisa envolveu 7,5 mil pessoas. "O risco de desenvolver doenças cardíacas diminuiu em 38% entre os que passaram a consumir vinho nas doses recomendadas" – assegurou o médico.

Vários grupos foram formados. Uns tomavam vinhos, outros destilados. Havia os que não bebiam rigorosamente nada, os que malhavam em academias, os das diferentes dietas alimentares, os que acumulavam duas ou mais dessas atividades. Exames regulares de saúde monitoraram os participantes, individualmente, durante os quatro anos em que se estendeu o programa. O maior benefício registrado no teste foi para os que elegeram o vinho, disseram os pesquisadores em artigo no American Medical Journal.

Na verdade, os vinhos, especialmente tintos, possuem propriedades especiais. O resveratrol, substância existente na casca da uva, estimula a produção do bom colesterol, o HDL, contribuindo para eliminar as placas gordurosas que, ao aderirem nas paredes das artérias, causam enfartes e derrames. E há, ainda, flavonóides como a quercitina e a luteonina, com ação antioxidante que combate os radicais livres responsáveis pelas doenças do envelhecimento.

O professor Dana King é categórico ao afirmar que, apesar do álcool não ser uma panacéia para a boa saúde, é impossível negar os benefícios que o consumo moderado proporciona. "Nenhum dos participantes ingeriu qualquer bebida alcoólica no início do estudo, mas os grupos que passaram a consumi-la em quantidades controladas tiveram substancial redução no risco de doenças coronarianas, na comparação com os abstêmios". Essa redução foi maior entre os que conjugaram sua dose diária com a prática constante de exercícios físicos. O cientista adverte, entretanto, que os abstêmios precisam avaliar, com cuidado, uma alteração de hábito. E quem possui problemas hepáticos deve, definitivamente, afastar a idéia do consumo sistemático de vinho ou outra bebida alcoólica.

A Universidade da Carolina do Sul ratificou uma constatação feita já na década passada, celebrizada na época como "o paradoxo francês". Indagava-se, então, o motivo pelo qual as pessoas na França, adeptas de uma culinária farta em pratos calóricos e com um dos maiores índices per capita de consumo de vinho, não mostram tendência à obesidade e são extremamente longevas. O diferencial, constatou-se, foram as propriedades benéficas da bebida, somadas ao caráter saudável da dieta mediterrânea.

Respalda tais conclusões o fato dos norte-americanos serem cuidadosos ao extremo na abordagem de temas ligados ao consumo de álcool. Não se deve esquecer que o país, durante os anos da lei seca, em meados do século passado, baniu por completo os destilados e fermentados. A proibição caiu, mas, ainda hoje, em muitos estados, as bebidas só podem ser compradas em lojas administradas pelo governo.
A palavra chave, de qualquer forma, é moderação. Qual o limite? Um copo com 120 ml de vinho ao dia para mulheres, dois para homens. Crianças, lactentes e motoristas, nem pensar.

domingo, 3 de agosto de 2008

MACARRON





Doce à base de claras de ovos batidas com açúcar e farinha de amêndoas. Em formato redondo, é recheado com creme à base de manteiga, ou geléia, ou ganache (chocolate branco ou preto derretido com creme de leite). Os diferentes sabores vêm acrescidos ao recheio: baunilha, pistache, framboesa, rosas, maracujá, chocolate,café, etc. Muito bom num lanche da tarde e acompanha bem um expresso ou um chá.

A origem do macarron é bem antiga. Dizem que veio de Veneza, na época do renascimento, e foi adotado em muitas cidades francesas como uma especialidade. Em Nancy, no século XVII, era produzido pelas freiras Carmelitas e ofertado às noviças que não comiam carne.





Este doce deve ser crocante por fora e macio no interior. Está presente em todas as pâtisseries francesas e os parisienses adoram. Provei vários em Paris, sendo que os que mais gostei foram do Pierre Hermé. Desmancham na boca. São mais de 20 sabores diferentes, sendo alguns bem exóticos. A cada estação, muda a coleção. A loja parece uma joalheria, e os preços são bem salgados.


No Brasil o macarron é relativamente recente. Em Curitiba o Lucca Café produz ótimos macarrons. São feitos pela confeiteira Roseli de Fátima Pinow. Rose, como é chamada, trabalhou por 5 anos com o chef pâtissier francês Laurent Grolleau, e com ele aprendeu os primeiros passos como confeiteira.







Passei uma tarde na confeitaria do Lucca vendo o preparo dos macarrons. As dificuldades para se acertar um bom macarron são várias: encontrar uma farinha de amêndoa boa e com moagem fina; acertar a temperatura do forno e a umidade necessária, entre outras.
Os macarrons do Lucca são vendidos no Lucca Café e na Provence Boulangerie.


Serviço:
Lucca Café: Al. Presidente Taunay, 40- Curitiba. Tel: 41 3024-6950.
Provence Boulangerie: Rua Bruno Filgueira, 548 – Curitiba. Tel:41 3343-9911
Pierre Hermé:Rue Bonaparte, 72 - Paris

A cozinha da Juju

Recebi a indicação deste site pela Manuela, neta da minha prima Marina. É destinado às crianças e adolescentes, mas também aos seus pais e avós. A Juju é filha da Carla Pernambuco, chef e proprietária dos restaurantes Carlota (Rio e São Paulo). Além do site, ela tem um livro de receitas publicado. Vale a visita.
http://www.cozinhadajuju.com.br/

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

MUDANÇA DE HÁBITOS - 2





Provavelmente todas as pessoas conhecem o que estou dizendo como mudanças de hábitos. Sabem tudo o que tem que ser feito, mas não praticam. É sempre bom reforçar e explicar os porquês.


Diminuir o tempo em frente da TV, computador e vídeo-games. Isto é essencialmente importante para as crianças e adolescentes. A cada dia, eles têm uma vida mais sedentária, com pouca atividade física. O ideal é que uma criança ou adolescente não fique mais que 2 horas do dia sentado imóvel em frente da TV/ VG/ ou computador. Nestas atividades gasta-se poucas calorias e ainda por cima muitas pessoas comem alimentos bem calóricos (pipocas, salgadinhos, bolachas recheadas e muito refrigerante) enquanto estão entretidas com a TV ou computador. Nem se dão conta do quê, nem de quanto comem. Para um adulto que trabalhe sentado ou no computador, é difícil pedir para diminuir o tempo, mas ele pode levantar-se a cada hora e se movimentar um pouco. A coluna também agradece se fizer um pouco de alongamento. A TV ainda tem o agravante das propagandas de alimentos não saudáveis inseridas principalmente na programação infantil.


Fazer atividade física regularmente, no mínimo 3 vezes na semana por cerca de 1 hora. A atividade física tem várias propriedades: melhora a capacidade cardio-respiratória, tem efeito anti-depressivo, aumenta a massa magra, a massa muscular, previne osteoporose. O aumento da massa muscular propicia um aumento do gasto calórico, pois o músculo gasta mais calorias mesmo em repouso do que o tecido adiposo. Melhor musculatura, menos dores na coluna ou articulares. Um exemplo: duas pessoas do mesmo sexo, idade, com mesmo peso e mesma altura. Uma delas faz atividade física regularmente e a outra tem uma vida sedentária. Se as duas comerem a mesma quantidade de alimentos, a sedentária poderá engordar, enquanto a outra mantém o peso ou até mesmo emagrece.Se você não tem tempo para ir a uma academia, troque o elevador ou escadas rolantes pelas escadas, pare o carro um pouco distante do destino, passeie com o cachorro, e etc.

Mais outras dicas na próxima semana