terça-feira, 20 de novembro de 2012

PEIXE DE PANELA


Na minha infância, no Rio, o badejo era o peixe mais frequente à nossa mesa. Sempre em postas e geralmente cozido ou assado. Não lembro bem de como era feito, mas tenho boas lembranças dos seus aromas.

Na minha última incursão ao Mercado Municipal de Curitiba encontrei um badejo bem fresco. É rara a sua presença por estas bandas. Não tive dúvidas: quero ele cortado em postas. Para quem não sabe, o filé de peixe é cortado no sentido da espinha, longitudinal, já a posta é transversal, sempre vem com o osso da espinha.

Com os ingredientes que tinha em casa, preparei o peixe na panela, como se fosse uma moqueca, sem coentro, dendê, ou leite de coco. Aqui está a receita que me pediram. Além de fácil, é muito saudável.

INGREDIENTES:
2  a 3 pessoas (dependendo do tamanho das postas)

2 postas de peixe
2 cebolas médias cortadas em fatias finas
1 alho poró médio cortado em fatias finas
1/2 pimentão vermelho (grande) cortado em fatias finas
1 tomate cortado em fatias finas
1 dente de alho
Azeite de oliva
1 cálice de vinho branco seco
Sálvia, manjericão
Sal e pimenta moída na hora a gosto

PREPARO:

Numa panela de fundo grosso, ou panela de moqueca, refogue no azeite de oliva a cebola, o alho moído, o alho poró e deixe cozinhar um pouco em fogo baixo, sem queimar. Acrescente o pimentão e o tomate. Por último, em cima, coloque os peixe que foram temperados com sal e pimenta moída na hora. Acrescente as ervas e um cálice de vinho branco.
Tampe a panela e cozinhe em fogo baixo por cerca de 10 minutos. Já está pronto para servir!
Bom apetite!!!

Utilize o acompanhamento da sua preferência: pode ser arroz, batatas cozidas, farofa ou ainda, um pirão.
Servi com uma farofa.


sexta-feira, 16 de novembro de 2012

PECK, UM PARAÍSO GOURMET EM MILÃO


Por acaso descobri esta maravilha gourmet ou gourmand em Milão. Peck é uma linda delicatessen, com uma loja de vinhos no subsolo e uma casa de chá ou um pequeno restaurante no primeiro andar. Tudo é da melhor qualidade. Foi fundada em 1883 pelo açougueiro Frans Peck, proveniente de Praga. Em Milão, ele passou a chamar-se Francesco Peck onde abriu um tipo de armazém para vender os embutidos no estilo germânico. O negócio mudou de dono várias vezes, foi se ampliando, mas manteve o nome do seu fundador. Hoje, a Peck está para Milão, assim como a Fouchon para Paris. Muitos produtos são produzidos lá mesmo, levando a marca Peck, mas o consumidor pode encontrar produtos do mundo inteiro. São queijos, pães, massas frescas, frios e salames de todos os tipos, carnes, conservas, doces, sorvetes, chocolates, chás, cafés, frutas e verduras, muitos tipos de sal e pimentas diferentes, azeites, comidas prontas  e muitas outras iguarias. Não conheço algo semelhante no Brasil. Os preços também não são pequenos. Eu fiquei com água na boca, com vontade de comprar um pouco daqueles queijos maravilhosos, frios, doces e levar comigo. Tive que me contentar com um sal de trufas e um funghi porcini seco, lindo, enorme.

Não dá para ir até lá com fome. Em uma das entradas, damos de cara com as terrines e os queijos. Na outra, já salivamos com os doces e os chocolates. A medida que andamos pela loja, o apetite vai aumentando. Tudo lindo, muitíssimo bem apresentado e arrumado! As fotos mostram um pouco do que vi.











Descendo as escadas, chegamos à Enoteca. Cerca de 3000 rótulos muito bem dispostos e ainda um bar para degustação nos esperam. Sãos vinhos de todo o mundo. Uma grande coleção de Chatêau d’Yquem, garrafas de 3 litros de várias safras, brilha nas prateleiras.


Depois deste tour, precisávamos comer algo. Uma salada e um doce amainaram a minha fome.


SERVIÇO:

Peck:
Via Spadari 9, Milão, Itália (Centro Storico)
39-02-802-3161
Horário:
seg 
15h30-19h30
ter-sáb 
09h30-19h30
dom 
Fechado






domingo, 11 de novembro de 2012

JANTAR NO BOCCONDIVINO


Um restaurante diferente em Milão que existe desde 1976, segundo indica a placa. O menu é único e o cliente precisa gostar de salames, embutidos e queijos, além de estar com bastante fome. Foi uma indicação do nosso amigo Braulio Pasmanik.
Chegamos ainda cedo, e estava vazio. Dali a pouco ficou lotado. Na entrada fomos brindados com um Prosecco. Uma travessa com cenoura crua, tomates, endívia, salsão, mini-rabanetes e outros legumes crus já estavam sobre a mesa e o copinho de porcelana sobre o prato servia de recipiente para o azeite de oliva extra-virgem. Sal e pimenta para temperar. Depois de saborear os magros da refeição, passamos aos gordos. Primeiramente uns bolinhos de queijo (ovuli al formaggio) e bruschettas de pimentão e patê.
Em seguida vieram diversos embutidos: gordura tipo toucinho, presunto de Parma, presunto San Danielle, do Friuli, mortadela, salame da Sicília,  este feito apenas com porco macho, pancetta e bacon. Foi servido nesta ordem e assim deveríamos comer. Para contra balancear a gordura, um vinho Chianti, Morellino di Scansano, 2011, 13,5% de álcool nos foi oferecido. Vinho simples, jovem, frutado que combinou bem os presuntos e salames. A etapa seguinte foram três tipos de defumados, mas eu passei sem eles. Por último, um prochiutto de Perugia.
Após estas entradas, chegou a vez dos pratos quentes: tortellini de trigo sarraceno, com recheio de ricota e espinafre e um creme aromatizado com sálvia, e um risoto de funghi porccini. Ambos deliciosos. Ainda bem que a quantidade era moderada. O vinho era de Nápoles, Torre Dei Cuisi, 2006, 14%de álcool. Mais tânico, com acidez pronunciada e boa persistência.
Um carrinho de queijos chega perto da mesa. Para mim esta foi a melhor parte da refeição. Estes vieram em duas etapas: primeiro os frescos, ricota e burrata de Napoli, e mussarela búfala. Todos deliciosos, principalmente a burrata, que é um tipo de mussarela mais fresca e mais gorda. Ela é menos consistente. Fica entre a mussarela de búfala e a manteiga, daí o nome. Burro é manteiga em italiano. Seu interior é bem cremoso.

Terminamos com os queijos curados. Havia mais de 50! Difícil escolher. Deixei a escolha para o maître. Começando com um mais tênue e finalizando com parmesão e gorgonzola. Mel, mostarda de damasco e de figo acompanhando. Esta mostarda é um tipo de geleia. Os queijos foram acompanhados por um vinho mais potente, Amarone della Valpolicella, Corte San Benedetti.
A sobremesa seria um gelatto, mas depois de tanta comilança, tive que dispensar. Só aceitamos os cantucci que acompanhavam o café.
O custo da refeição foi médio, 85 euros para duas pessoas. Segundo o maître, geralmente sai entre 45 a 70 euros por pessoa.
SERVIÇO: é bom fazer reserva
BOCCONDIVINO - Via Carducci, 17 - Milão
Tel: 02866040
info@boccondivino.com      www.boccondivino.com

sábado, 10 de novembro de 2012

TOUR ITALIANO

Três semanas na Itália foram suficientes para descansar e conhecer lugares novos como a Costa Amalfitana, Capri, Pompéia, Nápoles e ainda, rever Roma, Florença, Siena e Milão.O tempo ajudou muito. Só dois dias de chuva e frio apenas em Milão. É lógico que juntamente com toda esta andança, de carro ou trem e muita caminhada a pé, também conhecemos vários restaurantes. Geralmente  come-se muito bem na Itália, tanto nos locais simples como nos mais sofisticados. Uma mussarela de búfala fresca, macia, muito saborosa, um tomate maduro, doce, e azeite extra virgem com aquela picância deliciosa, já me satisfazia no almoço. Os ingredientes frescos e de boa qualidade fazem toda a diferença. Para a maioria dos brasileiros, comida italiana resume-se muitas vezes a massas e pizzas. Lá, come-se ainda muitos peixes e frutos do mar, fresquíssimos!


 Carpaccio de polvo

Turistas em excesso! Tentando chegar perto da Fontana di Trevi
 Fungui porcini
 Salada Caprese do Da Mario, em Roma 
 Por do sol na Costa Amalfitana. Vista do quarto do hotel
Positano
 Almoço em Positano

Almoço em Ravello

  Ravello
 Capri
 Almoço em Capri - Peixe espada grelhado
 Lula grelhada 

 Capri vista do barco 
 Entrada de frios no Ristorante Amici Miei, Nápoles
 Sobremesa de moranguinhos, fragoli di bosco, com sorbetto de limão
 Filas de turistas no domingo em Florença



 Catedral de Milão