Em julho de 2010, estivemos no LA VINERIA DE GUALTERIO BOLIVAR. Local pequeno, 16 lugares e que só serve menu degustação. Fui por indicação de alguns amigos, com grande expectativa e que decepção! Eram vários pratos com ingredientes em excesso, nada tinha a haver com nada. Um fingimento de comida molecular. Nenhum prato eu comi inteiro. Não me lembro de ter me maravilhado com algum e não repetiria nenhum. Em um lugar com o nome de Vineria é de se imaginar que encontraríamos bons vinhos. Muito ao contrário. Um sommelier pernóstico, por sinal curitibano, e que pouco entendia da sua profissão. Os vinhos que nos foram oferecidos eram de medianos para baixo. Para completar, o jantar não foi barato.
Este ano a roubada foi o jantar no restaurante de carnes LA BRIGADA, também em San Telmo. Fomos por indicação do guia Bistros Buenos Aires de Alex Herzog. Nem sempre se acerta tudo. Outras indicações do guia foram muito boas, e o Alex conta ali que só foi uma vez neste local e acompanhado por um casal argentino. Ele deve ter tido mais sorte do que nós.
Chegamos às 20:30, conforme nossa reserva e o restaurante ainda estava bem vazio. Havíamos lido que o Ojo de Bife era uma das melhores carnes. Quando perguntamos sobre este corte, o garçon foi logo dizendo que não era bom pedir pois a carne era alta e só serviam mal passada. Eu não havia questionado o ponto da carne. Ele sugeriu que pedíssemos Mignon e Bife de Choriço. Inicialmente concordei, mas logo mudei de idéia e pedi o Ojo de Bife. O garçon queria nos dissuadir de pedir este corte, e veio com a desculpa de que só havia pouca quantidade desta carne e ele precisaria consultar o chef. Depois de uma longa espera, nos trouxe o Mignon que estava frio e precisou retornar à cozinha, e um Bife de Choriço duro e totalmente cru. Estou até agora esperando a resposta do chef sobre o Ojo de Bife que eu havia demandado.
Conclusão, a melhor carne só é servida para os clientes habitués. Estes turistas que comam qualquer coisa!
Depois de tudo isto, ainda conseguiram estragar o café Nespresso. O mesmo foi vendido a preço de ouro (25 pesos por café, mais de 10 reais, o mesmo preço de uma sobremesa) e servido em xícara reta, daquelas de antigamente, e cheia até a borda. Além disto, o café estava tão quente, fervendo, que queimou a minha lingua.
Quem me conhece sabe que gosto de café quente e carne mal passada!
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Location:Buenos Aires
Um comentário:
Não tenho a menor dúvida que os turistas recebem tratamento de segunda.
Em hotéis isso acontece com frequencia.
bjs
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