Na semana passada saiu a tão esperada edição da Veja Curitiba, com os melhores restaurantes, comidinhas e bares. Este ano, o resultado na categoria restaurante, foi mais equilibrado que em anos anteriores. Talvez o júri tenha sido melhor selecionado. Todos os ganhadores, assim como os indicados, estão de parabéns. O esforço por um bom trabalho foi reconhecido.
Curitiba é uma cidade com características próprias. Fica difícil selecionar quais as categorias devam ser eleitas. Apesar da equipe da Veja ter tentado adaptar para a cidade algumas categorias, com a inclusão de restaurante de Santa Felicidade, outras modificações deveriam ser feitas. Alguns restaurantes muito bons, nem puderam ser indicados, pois não se enquadravam em nenhuma das categorias propostas. Exemplo disto está na ausência dos franceses entre as indicações.
Aqui em Curitiba, a categoria Brasileiros/Regionais é muito fraca. Não temos a tradição desta culinária. O prato do Paraná mais típico é o Barreado, mas os melhores exemplares encontram-se no litoral. Paranaguá, Morretes e Antonina reivindicam sua origem. Eu excluiria esta categoria na seleção curitibana, pois não representa a culinária da nossa cidade.
O Paraná, e no caso Curitiba, foi construido por imigrantes de diversas nacionalidades. Encontramos aqui muitos poloneses, alemães, italianos, japoneses, ucranianos e mais recentemente os franceses que chegaram após a implantação de indústrias automobilísticas. Todos contribuem para a culinária local. Em outras partes do país, a culinária regional, mineira, baiana, nordestina são muito fortes, assim como a portuguesa, que por aqui não tem muito destaque.
O restaurante Durski, que recebeu prêmio de melhor variado e carta de vinhos, começou como restaurante polonês e ao poucos foi se internacionalizando. Seu chef e proprietário, Junior Durki, também foi premiado como chef do ano, e melhor carne por seu outro restaurante, o Madero. Atualmente o restaurante Durski apresenta uma culinária realmente variada em que inclui ingredientes e pratos brasileiros como o peixe filhote da Amazônia, uma releitura de moqueca de camarão, palmito pupunha na brasa, e pratos internacionais, entre estes as costeletas de cordeiro feitas na brasa, confit de pato, massas e risotos. O menu degustação de pratos poloneses e ucranianos remete o Durski às suas origens.
Na categoria peixes, o grande premiado foi o Victor, representado pelo tradicional Bar do Victor, fundado há mais de 40 anos, e pelo mais moderno e contemporâneo Bistrô do Victor. Ambos ganharam todos os votos. Desde que Chico Urban, genro do velho Victor, começou a gerenciar a casa, o restaurante só cresceu. Muitos pratos novos que entraram no cardápio são de autoria da chef Eva dos Santos, que introduziu diferentes ingredientes e métodos de cocção. Uma especialidade do bistrô são os peixes e frutos do mar preparados na brasa. São peixes frescos que não sofreram processo de congelamento.
Fiquei triste que meus franceses preferidos nem foram citados: L’Épicerie, Île de France e o mais recente Vindouro, um misto de contemporâneo, variado e francês.
SERVIÇO:
Durski
Endereço: Rua Jaime Reis ,254 - Curitiba.
Tel:41 3225-7893.
Madero
Rua Jaime Reis, 262 - Curitiba.
Tel: 41 3013-2300
Bar do Victor
Rua Lívio Moreira, 284 - Curitiba
Tel: 41 3353-1920
Bistrô do Victor
Parkshoping Barigui Barigui, piso G5 - Curitiba
Tel: 41 3317-6920
L'Épicerie
Rua Fernando Simas, 340 – Curitiba
Tel: 41 3079-1889
Île de France
Praça Dezenove de Dezembro ,538 - Curitiba
Tel: 41 3223-9962 e 3232-7220
Vindouro
Rua Guarda-mor Lustosa, 129 - Curitiba
Tel: 41 3027-0700
Um comentário:
Ana, seus comentarios e observações sobre a Veja deste ano estão muitocorretas e coerentes, igualmente todo o seu blog que esta cada vez mais completo e mlehor. Parabéns! Junior Durski
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